Terapia baseada em edição genética poderá levar à remissão quadros graves de doenças do sangue
A francesa Emmanuelle Charpentier e a americana Jennifer Doudna foram vencedoras do Prêmio Nobel de Química de 2020, em razão do trabalho em investigar o comportamento da bactéria Streptococcus pyogenes, que causa uma simples amigdalite mas também pode levar a uma infecção generalizada.
As cientistas perceberam que, ao se defender do ataque de um vírus — sim, vírus atacam bactérias —, esses microrganismos capturam pequenas partes do genoma viral e as guardam no próprio DNA. Quando um novo bombardeio virológico acontece, as bactérias já são capazes de se lembrar da sequência e tal matriz se conecta aos genes do invasor. Entra em ação, nesse ponto, uma enzima que corta o DNA viral e o inativa.
Esse mecanismo natural foi a fonte de inspiração para a técnica que ganhou o apelido de “tesouras genéticas” e que poderá levar à remissão de quadros graves de doença falciforme e talassemia beta, dois distúrbios do sangue por trás de sintomas incapacitantes, como anemia severa e dores intensas.
Fonte: https://linkin.bio/vejanoinsta